A margem de conceitos pré determinados. A margem de malfeitos julgados. A margem, pois sou marginal.
segunda-feira, 16 de abril de 2012
BAIANO PREGUIÇOSO!!
Dizem que baiano é preguiçoso
Mas eu moro na Bahia
E minha vida é só correria
Todo dia soo a camisa
Pra construir a casa do doutor
Quando levanto o sol nem raio
Como o pão que o diabo amassou
Faço a cesta básica no inicio do mês
A fome me acompanha
Dela já sou freguês
Minha nega prepara a marmita a noite
E meio dia eu como comida fria
De quente me basta o sol
Que trata meu couro com açoite
Quando chove meu barraco só falta cair
E enquanto tira aguá de dentro
Minha nega consegue sorrir
Sou negro, e não sou encardido ou imundo
Mas o doutor tem nojo de mim
Me olha torto, cheio de autoridade
Deve me achar o pior ser do mundo
As vezes choro sem a nega saber
A verdade é que nunca tivemos chance
De mudar e vencer
Nosso erro foi ter habitado uma barriga pobre
Ter nascido no corredor do hospoital
E nossos antepassados
Terem sido escravos de nobres
Nosso erro é ter a maior população negra do país
Ter orgulho e força pra lutar
Ter vontade de ser feliz
Nosso pecado capital
Nem tem capital algum
Falta capital pra mim nessa Capital
Falta-me ser tradado como igual
Dizem que baiano é preguiçoso
Mas eu moro na Bahia
E minha vida é só correria.
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Os paulistas são conhecidos pela preguiça desde o tempo de Jeca Tatu e Mazaropi. Monteiro Lobato não cansava de contar histórias de paulista burro e preguiçoso. Aliás, o termo caipira nasceu em São Paulo. Os paulistas só aprenderam a trabalhar quando os baianos mostraram como se constrói uma cidade.
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