A margem de conceitos pré determinados. A margem de malfeitos julgados. A margem, pois sou marginal.
segunda-feira, 16 de abril de 2012
BAIANO PREGUIÇOSO!!
Dizem que baiano é preguiçoso
Mas eu moro na Bahia
E minha vida é só correria
Todo dia soo a camisa
Pra construir a casa do doutor
Quando levanto o sol nem raio
Como o pão que o diabo amassou
Faço a cesta básica no inicio do mês
A fome me acompanha
Dela já sou freguês
Minha nega prepara a marmita a noite
E meio dia eu como comida fria
De quente me basta o sol
Que trata meu couro com açoite
Quando chove meu barraco só falta cair
E enquanto tira aguá de dentro
Minha nega consegue sorrir
Sou negro, e não sou encardido ou imundo
Mas o doutor tem nojo de mim
Me olha torto, cheio de autoridade
Deve me achar o pior ser do mundo
As vezes choro sem a nega saber
A verdade é que nunca tivemos chance
De mudar e vencer
Nosso erro foi ter habitado uma barriga pobre
Ter nascido no corredor do hospoital
E nossos antepassados
Terem sido escravos de nobres
Nosso erro é ter a maior população negra do país
Ter orgulho e força pra lutar
Ter vontade de ser feliz
Nosso pecado capital
Nem tem capital algum
Falta capital pra mim nessa Capital
Falta-me ser tradado como igual
Dizem que baiano é preguiçoso
Mas eu moro na Bahia
E minha vida é só correria.
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
SENSUALIDADE DE MULHER!
Me sinto tão sexy
Com garras afiadas para lhe pegar
Prender-te em meu corpo
E talvez um dia lhe soltar
Um andar poderoso
Vários gestos femininos
Um olhar majestoso
E um sorriso divino
No meu corpo um desejo
Frenético, ansioso
Desregrado, criminoso
Publicamente delicioso
Do amor me farto
Da paixão, adivinhem? Também
Administro o charme com maestria
E direção a tudo e tod@s que me convém
Sou minha, apenas minha
Mas posso me compartilhar
Desvenda-me ou devoro-te
Estou intencionada a devorar
Vezes me chamam de deusa
Vezes se perguntam que bicho que é
Prefiro os realistas e censatos
Que me classificam como mulher!
Com garras afiadas para lhe pegar
Prender-te em meu corpo
E talvez um dia lhe soltar
Um andar poderoso
Vários gestos femininos
Um olhar majestoso
E um sorriso divino
No meu corpo um desejo
Frenético, ansioso
Desregrado, criminoso
Publicamente delicioso
Do amor me farto
Da paixão, adivinhem? Também
Administro o charme com maestria
E direção a tudo e tod@s que me convém
Sou minha, apenas minha
Mas posso me compartilhar
Desvenda-me ou devoro-te
Estou intencionada a devorar
Vezes me chamam de deusa
Vezes se perguntam que bicho que é
Prefiro os realistas e censatos
Que me classificam como mulher!
MEU QUERER!
O meu querer
É mais do que parece
É mais do que enriquece
É mais do que padece
O meu querer Arrasteja-se pelo mundo
Chamado de imundo
Foi quase moribundo
O meu querer
Cresce a cada dia
Se veste de utopia
Suspiro
Transpiro
E piro.
Por ti: romântica anarquia!
É mais do que parece
É mais do que enriquece
É mais do que padece
O meu querer Arrasteja-se pelo mundo
Chamado de imundo
Foi quase moribundo
O meu querer
Cresce a cada dia
Se veste de utopia
Suspiro
Transpiro
E piro.
Por ti: romântica anarquia!
AMOR: A CRIPTONITA DOS POETAS_ LEILA MARIA E ÍTALO CUNHA
O poeta voa aqui e acolá,
É o super-homem no ar,
Ele busca a beleza maldita,
O amor é a sua criptonita.
Tanto carinho, tanto prazer
E no fim acaba novamente sozinho
Deslizando por rosas com espinhos
Que o ferem e o faz sangrar
De onde vem a beleza de amar?
Vem do vazio distante do não ser,
Da falta do que se pode querer,
De sí mesmo, do medo da solidão.
Esse alento não pode ser ilusão.
Vem da barreira que quando transposta se desfaz;
Dos embriagados amantes que sempre querem mais;
Da força e da coragem que eu tive de viver;
Das lágrimas que desaguam em dor no renascer.
E do mundo ilusório da mente solitária,
Da falta de uma ocupação primária
Que impede o corpo de abismar-se,
Dizendo para ele jogar-se.
Meu quarto mostra a desordem do meu eu.
Quero resgatar o que era meu!
Viajo ao passado tentando encontrar
Algo meia boca que ocupe o seu lugar.
Estar em qualquer quarto sem você
É pegar pena perpétua na prisão do querer.
O seu lugar é somente aqui do meu lado,
Tudo o resto é apenas uma armadilha do passado.
O vazio que transponho
Reveste em flores o meu sonho
Tudo isso por um simples motivo,
Que um dia eu volte a me sentir vivo
E que novamente me sinta forte,
Novamente saiba onde é o norte,
E não mais andar vagando por aí,
Sem destino, só a hora de partir.
É o super-homem no ar,
Ele busca a beleza maldita,
O amor é a sua criptonita.
Tanto carinho, tanto prazer
E no fim acaba novamente sozinho
Deslizando por rosas com espinhos
Que o ferem e o faz sangrar
De onde vem a beleza de amar?
Vem do vazio distante do não ser,
Da falta do que se pode querer,
De sí mesmo, do medo da solidão.
Esse alento não pode ser ilusão.
Vem da barreira que quando transposta se desfaz;
Dos embriagados amantes que sempre querem mais;
Da força e da coragem que eu tive de viver;
Das lágrimas que desaguam em dor no renascer.
E do mundo ilusório da mente solitária,
Da falta de uma ocupação primária
Que impede o corpo de abismar-se,
Dizendo para ele jogar-se.
Meu quarto mostra a desordem do meu eu.
Quero resgatar o que era meu!
Viajo ao passado tentando encontrar
Algo meia boca que ocupe o seu lugar.
Estar em qualquer quarto sem você
É pegar pena perpétua na prisão do querer.
O seu lugar é somente aqui do meu lado,
Tudo o resto é apenas uma armadilha do passado.
O vazio que transponho
Reveste em flores o meu sonho
Tudo isso por um simples motivo,
Que um dia eu volte a me sentir vivo
E que novamente me sinta forte,
Novamente saiba onde é o norte,
E não mais andar vagando por aí,
Sem destino, só a hora de partir.
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